Um milhão de jovens
Um Milhão de Jovens Respondem ao Chamado do Papa
Autor: Tiago Miranda*
Texto originalmente publicado pelo Jornal Partilhando em Setembro/2005, edição 6
A primeira coisa que impressiona quem chega a Colônia é a Catedral Gótica, símbolo da cidade, que fica à beira do Rio Reno. Foram 600 anos para construí-la, um dos centros de peregrinação mais conhecidos do ocidente antigo. Lá, de acordo com a tradição católica, estão as relíquias dos três reis magos. Até por isso que o tema da Jornada colocou-nos nas pegadas dos Reis Magos "Viemos Adorá-Lo".
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) contou com a colaboração de cerca de 27 mil voluntários de 193 países diferentes.
Do dia 16 em diante foi uma enxurrada de pessoas, muitos jovens, muitas bandeiras, muita festa, muita alegria, muita confusão, muito barulho! A proporção de voluntários foi só diminuindo à medida que ia aumentando o número de peregrinos: 600 mil no dia começo, 800 mil na chegada do Papa no dia 18. O apogeu foi a vigília do dia 20 em Marienfeld (Campo de Maria, em alemão) e a Missa de encerramento presidida por Bento XVI no dia 21: mais de um milhão de jovens! A imprensa alemã, os organizadores, ninguém esperava tanta gente.
Durante a Jornada, bispos do mundo inteiro deram catequese para os jovens em suas línguas-mãe. Também ocorreram palestras, adoração, oração, teatro, recreação, esportes, shows, roda de debate, rosário. A maior parte é comandada por diferentes movimentos da Igreja para que os jovens conheçam carismas diversos. Também aconteceram muitas missas nas mais diversas línguas.
É engraçado como Deus age. Em um evento do tamanho da Jornada Mundial da Juventude, com mais de um milhão de jovens do mundo inteiro, pude sentir a presença d’Ele nas pequenas coisas.
Uma amiga que fizemos na Jornada veio da Malásia, no sudeste asiático. Em seu país menos de 8% da população é católica. Dificilmente são celebradas missas lá. O testemunho da pequena Sharmini, da sua fé, da sua docilidade ao falar de Deus e da sua fidelidade numa realidade religiosa tão mais complicada para católicos que a brasileira me fez rever minhas atitudes.
E um momento que ficou gravado foi fazer adoração na capela da catedral de Colônia. Quando estava olhando para a hóstia pequena, o Menino Jesus, fui lembrando de todas as dificuldades, toda a luta e o trabalho para estar ali, naquele lugar, naquela hora. Só por graça de Deus eu podia falar olhando-o nos olhos: "Vim adorar-Te e aqui estou!"
Tenho certeza que vou tentar ir pra Sidney e levar o máximo de pessoas que conseguir comigo para viver a graça de se sentir realmente Igreja!
* Tiago Miranda é jornalista e participou como voluntário da Jornada Mundial da Juventude de Colônia, Alemanha, em 2005
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