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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Conheça Melhor: Dona Laurinha

Entrevista a Maria Luísa Couto.
Originalmente publicada no Jornal Partilhando em Março/2006 - edição 12


Sempre presente nos serviços da Igreja, é lá que encontramos Dona Laurinda. Ela não escolhe tarefa: seja no trabalho oculto de quem faz as refeições da festa de São Sebastião, das barraquinhas de Santo Antônio e dos curso de noivos, ou organizando e coordenando ou dirigindo os encontros da Pastoral Familiar. Com 63 anos de idade, com filhos, genros e netos para cuidar e mais os tantos trabalhos da fazenda, ela não pára por aí! Seu lema é serviço, e ela encontra tempo para tudo!

Quando estamos com ela é impossível não sentirmos a presença amável do Sr. Deusdedith, seu companheiro inseparável por 43 anos. A história deles é uma só. Não há como falar da missão de Dona Laurinda, sem lembrar o tempo todo do "Zaqueu". Ela contou-nos que, com os filhos pequenos, morou na fazenda Corguinhos, e em 1.980 fizeram o Encontro de Casais. A perseverança do casal na reunião semanal e nos convívios mensais, foi fundamental. Em 1984, fizeram o Cursilho de Cristandade e desde lá, sua contribuição neste movimento foi intensa, participaram também 12 anos da Renovação Carismática.

Nestas épocas, ela já pertencia ao Apostolado da Oração, à Irmandade de Santo Antônio, Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Sr. Deusdedith serviu longos anos como Ministro Extraordinário da Sagrada Eucaristia e coordenou por 30 anos a Festa de São Sebastião. Há 06 anos coordenam com a pastoral familiar, que segundo ela, é fruto dos encontros de casais.

Partilhando: Como é o trabalho da Pastoral Familiar?
Dona Laurinda: Em todo terceiro sábado de cada mês, juntamente com uma comunidade urbana ou rural, acontece o Convívio das Famílias. Evangelizamos também na área rural, com a noite de Vigília, aonde ocorrem palestras, culto, etc. Promovemos encontros de namorados, forró da família e recentemente, um encontro para recém-casados. O objetivo é abraçar as famílias em todos os seus aspectos, tendo um compromisso com a vida e os valores familiares. Com esta meta, ela tem sido a grande parceira das famílias em tempos modernos, com tantas situações novas. Tentamos promover uma sociedade mais justa e solidária, através de ações efetivas que proporcionem melhores condições de vida para todos.

Partilhando: Quais são as maiores alegrias do trabalho realizado na Pastoral Familiar?
Dona Laurinda: Somos uma família. Temos humildade, tolerância, correção fraterna. Mas, o melhor é o que estamos vendo acontecer entre os casais que depois de viverem longos anos juntos, procuram o sacramento do matrimônio e o Batismo para os seus filhos. Bonito mesmo, é ver os casais se reconciliando e fortificando o casamento. Por isso posso dizer: é muito gratificante.

Partilhando: Como é trabalhar sozinha, após a perda do Sr. Deusdedith?
Dona Laurinda: Posso responder que não está sendo fácil para mim. Mas o seu exemplo de coragem, renúncia e perseverança me ensinou a enfrentar os problemas, vencer obstáculos e seguir em frente. Ele foi grande um "Evangelho Vivo", no seu cotidiano. Trabalhamos longo tempo juntos, buscando, em nosso desempenho, um aprender com o outro. Não é fácil para mim participar das atividades sem o Deusdedith. Mas é possível, pois dentro de mim, existe uma força gigante a gritar: "Devo continuar!" Agradeço a Deus por isso, pois Ele o colocou na minha vida por 43 anos. Levou-o para o infinito, mas a pessoa que morre continua sendo a mesma, com outro nível de relacionamento, que a Igreja chama de Comunhão dos Santos. O amor não desaparece jamais.

Partilhando: Fale-nos de sua fé, seus projetos e expectativas para os futuros trabalhos.
Dona Laurinda: Para mim, a fé não deve ser apenas provada, deve ser vivida. A nossa vida tem outro sabor, outro colorido quando motivada pela fé, quando partilhada na mesa da solidariedade do amor cristão. Mergulhemos em Cristo, nas páginas na Bíblia, nas lições do Evangelho e cresceremos na fé. Apesar das tristezas, novo tempo bate à porta e a gente não pode perder o passo da vida. Minhas expectativas são: trabalhar para a Igreja, como a Igreja e com a Igreja. Que sejamos mais humildes, unindo movimentos e pastorais. Ser incansável na busca dos irmãos batizados que não estão participando. É preciso oferecer o que estiver ao nosso alcance, com disponibilidade e carinho; nada com obrigação. Porque enfim, "Deus não escolhe os capacitados, mas capacita de bênçãos e graças os escolhidos."

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