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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Apae: Fraternidade e Serviço

Entrevista a Maria Luísa Couto
Originalmente publicada no Jornal Partilhando em Janeiro/2006 - edição 10

A CNBB lançará em breve a Campanha da Fraternidade que abordará o tema: Fraternidade e pessoas com deficiência, voltando os olhos do Brasil para o problema do preconceito e da discriminação para com os deficientes. A Igreja Católica, nas Campanhas da Fraternidade de todos os anos, sempre obediente ao Espírito Santo, trata com coragem de temas urgentes e pouco abordados, com o objetivo de conscientizar, esclarecer e mudar pensamentos. Vai com isso, sinalizando onde precisa de seu povo, pedindo ação transformadora e evangelizadora.

Quando tratamos dos portadores de deficiência e de sua inclusão, temos o bem sucedido exemplo das APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de todo o Brasil. Trata-se de uma entidade que mostra serviço, procurando facilitar o bem estar e a inclusão de vários tipos de portadores de deficiência.

Patrocinada pelos governos federal, estadual e municipal, mas sempre precisando de contribuições, a APAE de Samonte atende diariamente 91 alunos com idades que variam de 0 a 40 anos. Um dois turnos trabalham 27 funcionários, sem contar os profissionais da área médica. Com a palavra a Srª Niva Normandia Castro, diretora há dois anos da APAE de Samonte e que há 15 anos trabalha na entidade.


Partilhando: Quais as deficiências que são tratadas pela APAE de S.A.Monte?
Niva: São 5 alunos com Síndrome de Down. Também há os bebês com defasagem motora, pessoas com surdez, surdez múltipla, hiperatividade e muitas outras com deficiências sem diagnóstico fechado.

Partilhando: O que APAE oferece?
Niva: Assistimos ao deficiente sob todos os aspectos: físico, mental e social. Damos assistência com médicos das especialidades clínica, de neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, além de psicólogas. Oferecemos atividades físicas, artísticas, pedagógicas; temos oficinas profissionalizantes, terapêuticas, aulas de informática e acompanhamos o aluno inclusive na inserção ao mercado de trabalho. Também fazemos orientação sexual para os adolescentes. Quanto ao progresso, é individual, há casos de ex-alunos que hoje nos auxiliam nas salas de aula como monitores.

Partilhando: A APAE participa de eventos esportivos e artísticos?
Niva: Os alunos dão um verdadeiro show nessas atividades. Adoram se preparar para os festivais de dança, para as viagens e vibram com as medalhas conquistadas. Em 2005 ficamos em 1º lugar nas Olimpíadas de Itaúna, trouxemos 27 medalhas. Em 2004, ficamos em 3º lugar no festival estadual de artes. Isto traz a todos um ganho psicológico imenso.

Partilhando: Você acha que ainda há preconceito?
Niva: A família é a primeira que precisa vencer o preconceito, para aceitar a deficiência e procurar o melhor tratamento, pois quanto mais cedo se inicia, mais resultados. A sociedade também não valoriza este tipo de trabalho. Já os alunos são muito solidários uns com os outros.

Partilhando: Este trabalho é uma benção, o que você guarda como recompensa?
Niva: A recompensa é realmente muito grande. Recentemente, duas crianças com defasagem motora andaram com quase 2 anos, foi uma alegria! É gratificante demais quando os alunos surdos começam a falar e a se comunicar. Houve até um casal de ex-alunos que se conheceram aqui e hoje estão casados. Tudo isso é fruto do trabalho de todos nós, somos uma família e estes progressos são mesmo uma felicidade para todos!

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