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sábado, 27 de janeiro de 2007

Esperança e Misericórdia

Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Novembro/2006 - edição 20

Quando alguém morre, é justo que fiquemos tristes. Afinal, não poderemos mais compartilhar, nesta vida, da companhia dessa pessoa. Teremos que continuar trilhando nosso caminho mantendo sua presença viva em nossa memória e em nosso coração, mas sabendo que não ouviremos sua voz, nem poderemos vê-la e falar com ela. É por isso que nos dói tanto, é por isso que existe a dor, o pranto e o luto. Afinal, do nosso ponto de vista exclusivamente material, existe uma grande perda.

Mas pensar apenas na dor e na perda é sinal de falta de fé.

A morte é uma porta. Não é o fim do caminho. Na verdade, é só o começo de uma nova vida. Nós todos sabemos disso, mas costumamos não pensar nisso, o que é um grande erro. Estamos aqui de passagem. Por mais tempo que vivamos, uns poucos, muito poucos, ultrapassam, por exemplo, os cem anos. Tempo mínimo. Afinal, a maior parte do tempo – isto é, a eternidade – passaremos em outro local. Perdemos muito tempo nos preocupando com nossa breve passagem por este mundo, quando aquilo que realmente importa é o que vem depois. O que não podemos deixar de esquecer é que é durante esta breve passagem que escolhemos como vamos viver o resto da eternidade: perto de Deus... ou longe dEle.

Estamos preparados para nos encontrarmos com Deus?

Essa é a pergunta que devemos nos fazer constantemente. Se Deus nos chamasse agora, neste exato instante, o que aconteceria? Aquilo que fiz, a forma como vivi minha vida até hoje, faria de mim merecedor de adentrar no Reino de Deus? Se eu morresse agora Jesus me colocaria à sua direita, no rol dos justos, ou à sua esquerda, onde, segundo Ele mesmo disse, haveria "choro e ranger de dentes"?

O dia 2 de novembro é propício para nos trazer essa reflexão. E para que aprendamos a ultrapassar a dor e a encontrar a esperança.

A esperança de ser merecedor da companhia de Jesus. A esperança de entrar, sim, no Paraíso. A esperança de que nossos entes queridos que já completaram sua caminhada estejam gozando hoje do prazer infinito de estar na presença do Pai. A esperança de que, quando chegar a nossa hora, também nós veremos a Deus face a face e lá reencontraremos aqueles a quem amamos.

Por isso, devemos rezar. Rezar pelas almas daqueles que partiram, para que eles possam estar juntos de Deus. Rezar por aqueles que tiverem se encaminhado ao Purgatório, onde se limparão de suas culpas antes de se encontrar com o Senhor. Rezar para que eles possam estar diante de Deus brevemente. Rezar para que Jesus nos ajude a ser merecedores de entrar no Reino.

Mas também devemos sempre nos lembrar. Jesus é Misericordioso. Ele nos ama e se empenha por guardar todas as almas. Ele é o Bom Pastor que sai em busca de todas as ovelhas e traz para junto de Si mesmo aquelas que fogem ou se perdem.

Precisamos ser bons cristãos e fazer por merecer a misericórdia de Jesus. Se hoje não estamos preparados para nos encontrarmos com Ele, é tempo de mudarmos de vida. É tempo de compreendermos que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. E que a Bíblia pode nos mostrar o caminho. Afinal, ninguém sabe o número dos seus dias.

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