Paternidade Responsável
Autores: Ricardo M. Horta e Simone Brasil de S. Horta
Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Agosto/2006 - edição 17
No mês de agosto, no segundo domingo, é o dia dos Pais. Um dia que merece ser muito comemorado, pois, valoriza uma figura de singular importância para as famílias, a sociedade e a Igreja!
Ser pai é uma vocação! O que interessa é com que qualidade será exercida essa tarefa; qual será a qualidade dos seus atos e o significado de seus gestos. Deus na sua infinita sabedoria e bondade, criou o homem à sua imagem e semelhança e deu-lhe a capacidade de amar, procriar e ser pai. E nós pais, nos tornamos a melhor referência encontrada por Jesus para nos fazer entender o amor e a inesgotável misericórdia de Deus para conosco, ao dizer: "Se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas para vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo àqueles que o pedem!"
Precisamos conhecer nossos filhos, saber o que eles pensam, o que fazem e do que eles precisam, tudo isso através de uma relação franca e honesta, com um diálogo inesgotável.
O mais importante não são as coisas materiais que lhes damos, pois o que realmente conta é que os ajudemos a se tornarem adultos amorosos, que importem com os outros, que não sejam mesquinhos ou egoístas, que tenham princípios cristãos, que sejam seres humanos adoráveis.
Para isso, devemos ter atitudes das quais os nossos filhos se orgulhem. Que sejamos espelhos para os mesmos, ensinando-os a valorizar o que somos e não o que possuímos.
Ser pai não é tarefa fácil, mas com certeza muito prazerosa! Algumas regrinhas ajudam e facilitam nossa missão de pai. Ei-las: confiar sempre em Deus, Ele te proverá; reconciliar sempre com os filhos antes de dormir através do diálogo; ser e ter, sempre, o apoio do seu cônjuge; ter coragem de dizer NÃO quando necessário; impor limites; responder as indagações dos filhos num linguajar adequado, nunca deixando uma pergunta sem resposta; valorizar as atitudes e nunca o poder material; acompanhar o desenvolvimento dos filhos na escola, na vida social e religiosa; conhecer os amigos e amigas de seus filhos, acolhendo-os em sua casa; demonstrar, sempre, interesse e amor por seus filhos.
Todo pai quer que seu filho seja santo, porém, nós pais temos que entender que necessitamos de santos sem véu ou batina, que usem calça jeans e tênis, que vão ao cinema, teatro, ouçam música, dancem, passeiem com os amigos, que bebam coca-cola, comam hot-dog, sejam internautas, que ouçam walk-man, e que ao mesmo tempo, coloquem DEUS em primeiro lugar, tenham um tempo diário para oração, que tenham uma espiritualidade atualizada, que sejam comprometidos com as causas sociais e com os pobres, que amem apaixonadamente a EUCARISTIA.
Enfim, precisamos de filhos que sejam abertos, normais, amigos, alegres, companheiros, que estejam no mundo, saibam saborear as coisas do mundo, mas que não sejam MUNDANOS.
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