Mártir pela Fé

Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Janeiro/2006 - edição 10

São Sebastião morreu porque se recusou a abandonar a fé em Jesus Cristo. Ele viveu no século III, quando Diocleciano e Maximiano eram co-imperadores. Filho de pais cristãos, nasceu em Narbona, na atual França, mas foi criado em Milão, na Itália, onde se tornou soldado do exército romano, aproximadamente no ano 283. Logo tornou-se capitão da Guarda Pretoriana (o corpo do exército responsável pela proteção do imperador) e passou a viver em Roma. Nesse cargo, ele conseguiu socorrer muitos cristãos que foram presos por causa das perseguições.

Denunciado, Sebastião foi levado diante do imperador romano, que lhe ordenou que deixasse a fé. Naquele tempo, era proibido ser cristão. Além disso, o imperador era cultuado como se fosse um deus, obrigação a que os cristãos não se sujeitavam. Por isso Sebastião foi acusado de impiedade e traição. Recusando-se a abandonar a fé em Cristo, o jovem soldado foi condenado à morte e levado diante dos arqueiros do exército. Despido e amarrado a uma árvore, ele foi crivado de flechas, mas, ao contrário do que muitos imaginam, São Sebastião não morreu assim. Sobrevivendo aos ferimentos, ele foi socorrido por uma cristã chamada Irene.

Quando estava curado, o santo apresentou-se novamente diante do imperador e o repreendeu por perseguir os cristãos. Desta vez Sebastião foi açoitado e espancado até a morte e seu corpo foi jogado num lamaçal. Encontrado por uma mulher chamada Lucina, Sebastião apareceu-lhe em sonho e pediu que seu corpo fosse sepultado nas catacumbas, local onde os cristãos se reuniam secretamente para celebrar e onde acreditava-se que alguns apóstolos estivessem enterrados.

O mártir São Sebastião é um modelo do espírito de fortaleza. É considerado o protetor contra as pestes e contra os inimigos da religião. É um grande exemplo a ser seguido como contraponto nestes tempos em que muitos se envergonham da própria fé.