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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Oficinas de Oração: Espiritualidade e Abandono

Entrevista a Maria Luísa Couto.
Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Junho/2006 - edição 15


O Brasil conheceu as Oficinas de Oração e Vida fundadas por Frei Ignácio Larranãga em 1985. Três anos depois elas chegaram até nós, por meio de um pequeno grupo de pessoas. Hoje vamos conhecer melhor como funciona este braço direito da Igreja, que cuida do crescimento espiritual do povo de Deus e ainda pode dizer: "Hoje pela graça de Deus, vislumbramos belos frutos".
Entrevistamos Dª Maristela, que desde 1997 coordena as oficinas em nossa paróquia. Diz que foi um chamado muito forte, e que Deus falou-lhe ao coração: "Dom de amor é a vida entregar". Ensinou-nos assim o que realmente é importante: Amar a Deus e doar-se ao seu Santo serviço.

Partilhando: Como funcionam as Oficinas de Oração e Vida. Qual é o seu diferencial?
Dª Maristela: São realizadas duas vezes ao ano. No primeiro semestre, de março a junho e no segundo semestre, de agosto a novembro. As oficinas para adultos são feitas em 15 sessões semanais e as oficinas para jovens, em 10 sessões. O diferencial é que não é um movimento, mas um serviço humilde, silencioso; não tem como objetivo formar grupos, mas preparar os oficinistas para se engajarem na Igreja. A oficina não colabora só com a Igreja, mas também com a sociedade, porque contribui para a humanidade e fortalecimento do indivíduo e da família. Tem uma dimensão evangélica e também humanitária.

Partilhando: Como a Oficina de Oração e Vida pode contribuir para o crescimento espiritual do cristão?
Dª Maristela: "Aprender a orar para aprender a viver". Esta é a meta para o crescimento espiritual do oficinista. A Oficina compromete o assistente em três dimensões: com Deus, consigo mesmo e com os outros. Vale-se de tempos fortes, retiros e práticas semanais. A Palavra, o silêncio, a contemplação, o deserto. O manual do guia nos orienta e direciona.

Partilhando: Ensine-nos algo que seja prática das oficinas de oração, para que possamos aplicar em nossas vidas.
Dª Maristela: Nas situações adversas da vida, uma única obstinada pergunta deve predominar na nossa mente e no nosso coração: Que faria Jesus no meu lugar? Esta atitude é fruto da nossa vivência espiritual, do nosso encontro amoroso com o Senhor, na oração. Isto nos leva a um saudável encontro com o irmão, "Que todos sejam um, como Eu e o Pai somos um". (Jo 17,21)

Partilhando: É reconhecido o seu bom gosto na ornamentação de altares, fale-nos de onde vem as suas inspirações e seu amor aos trabalhos da Igreja.
D.Maristela: Desde criança, aprendi com Tia Zélia, que graças a Deus vive até hoje com 90 anos, irmã de minha saudosa mãe. Admirava sua dedicação, disponibilidade e amor a esse trabalho de fazer altares. Agradeço a Deus este dom a mim concedido. Procuro exercê-lo com amor, carinho, zelo, como prova de louvor ao Senhor e a Nossa Senhora. Esta oportunidade que Deus me deu, me levou a convivência fraterna, ao aprendizado da aceitação da crítica e uma aproximação grande dos irmãos, minha eterna gratidão pelo dom recebido. Irmão, não deixe seu dom encoberto, mostre ao Senhor que lhe concedeu essa maravilha, que você é capaz. Vá em frente, confie em Deus!!

Partilhando: Conte-nos uma ou mais experiências com Deus que a marcaram, através das oficinas:
Dª Maristela: Falar das oficinas de oração e vida, foi a maior experiência para mim. Aprender a viver a Espiritualidade do Abandono, que consiste em colocar nas mãos do Pai, tudo que pelo esforço, luta e força humana, é impossível de se resolver. Por isso, quando enfrentei dificuldades, problemas familiares, doenças incuráveis e morte, pude assumí-los com fé e experimentar uma grande paz, pois o abandono tem como fruto a paz.

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