Não Roubarás
Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Maio/2006 - edição 14
"Não Roubarás" é o Sétimo Mandamento do Lei de Deus. Nós nos acostumamos a pensar que roubar é apenas retirar de alguém, à força ou às escondidas, algo que lhe pertence. Roubar uma carteira, um carro, um celular, etc. Mas há também outras formas de roubo tão pecaminosas quanto essas. Neste mês de maio, vamos lembrar de alguns dos roubos que se referem ao Trabalho e ao trabalhador.
Como pode pecar o trabalhador? Receber o salário e ao mesmo tempo fazer "corpo mole", arrumar falsos pretextos para não trabalhar, desperdiçar o dinheiro do patrão, retirar de sua casa ou de sua empresa coisas pertencentes a ele, é roubo. Da mesma forma é roubo realizar atividades desonestas, mesmo que a mando do chefe. Obedecer ordens não é desculpa para o pecado. Ao enganar fiscalizações, falsificar documentos, a pessoa está roubando da sociedade. Ao mentir para os compradores, ou ao empurrar produtos de má qualidade, a pessoa está roubando o cliente.
Como pode pecar o patrão? Recusar um salário justo ao empregado, atrasar o pagamento sem justificativa, também são formas de roubo. O salário justo é aquele que garante ao trabalhador e à sua família uma vida digna. O fato de o trabalhador, que geralmente está numa posição de inferioridade nas negociações, aceitar receber um salário indigno não diminui a injustiça cometida pelo patrão. Do mesmo modo, forçar pessoas a exercerem atividades acima de suas capacidades, não pagar as horas extras e outros direitos trabalhistas são formas de roubo. E forçar o empregado a realizar atividade ilícita, levá-lo a cometer crime também é pecado.
No mundo do trabalho há muitos jeitos de roubar. Produtos com preços excessivamente altos, margens de lucro acima do que é necessário para a manutenção e o crescimento natural da empresa, sonegação de impostos. Todas essas coisas atentam contra o Sétimo mandamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário