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domingo, 28 de janeiro de 2007

A Farsa Da Vinci

Originalmente publicado em Partilhando em Dezembro/2006 - edição 21

Pode parecer brincadeira, mas muita gente acha que as coisas ditas no livro e no filme "O Código da Vinci" são verdadeiras. Portanto, é necessário um esclarecimento sobre o perigo que essa história representa.

Dan Brown, o autor, gosta de escrever sobre duas coisas: teorias da conspiração e Igreja Católica. No mundo de Brown, sempre há uma entidade maligna por trás de tudo de ruim que acontece, e, pasmem: essa entidade, na cabeça dele, costuma ser a Igreja. Em suas obras Dan Brown acusa a Igreja Católica de mentir, manipular, matar e um monte de outras coisas ruins. Por mais que as pessoas saibam que o filme e o livro são obras de ficção, muitos ficam com uma pulga atrás da orelha se perguntando se, no fundo, aquilo que é dito não é verdade. Pois bem:

Jesus e Maria Madalena se casaram e tiveram filhos? É claro que não! Nenhum Evangelho fala sobre isso. Na verdade, nenhum texto antigo sequer sugere essa idéia. A história do suposto casamento de Jesus foi inventada no século passado por um trapaceiro que escreveu um livro sobre isso com a intenção de se dizer descendente de Jesus. Infelizmente, há pessoas com pouco discernimento que acreditaram nessa maluquice.

A Igreja manipulou os Evangelhos? Essa é outra grave mentira de Dan Brown. Ele diz isso para negar todo o Cristianismo. Os Evangelhos são textos revelados, isto é, ditados diretamente por Deus aos homens. Eles contêm a verdade sobre Jesus. Ninguém os modificou.

A Igreja escondeu documentos? Não. Algumas pessoas acham que a Igreja ocultou os chamados "evangelhos apócrifos", textos falsos escritos muitos depois da época de Jesus e que são atribuídos aos apóstolos. Por exemplo: o "evangelho" de Judas, o "evangelho" de Tomé, etc. Esses textos sempre estiveram disponíveis, podem ser comprados em qualquer livraria. Como já foi comprovado que são mais recentes que os verdadeiros evangelhos (portanto, não poderiam ter sido escritos por Judas ou Tomé, que já tinham morrido) e não foram revelados por Deus, eles não são considerados sagrados. São só textos curiosos e neles não existe nenhuma "revelação estrondosa", como diz Dan Brown.

A Opus Dei mata pessoas? No livro o autor faz da Opus Dei ("Obra de Deus" em Latim), que é um importante movimento da Igreja, o grande vilão da história, que não hesita em matar pessoas para conseguir seus objetivos. Na Opus Dei não existem monges e, obviamente, as pessoas não são assassinas. Trata-se de uma organização abençoada pelo Papa João Paulo II e que vem sendo caluniada continuamente pela mídia porque defende um Cristianismo sem modismos.

A Igreja é machista? Mais uma mentira. A Igreja Católica reconhece a importância das mulheres, tanto que tem uma veneração toda especial por Nossa Senhora, a mulher que, sendo mãe de Jesus, teve um papel fundamental na história de nossa salvação.

Você pode se perguntar: mas por que esse autor mente tanto? É difícil responder. Mas sabemos que, hoje, falar mal da Igreja virou moda. Vende, dá dinheiro. E há muitas pessoas que dão ouvidos a essas coisas.

Outra dúvida pode ter aparecido: é certo ler o livro, ver o filme? Cada um é que deve decidir, pois cada pessoa é livre para formar a sua própria idéia. Mas não custa lembrar que comprar o livro ou o filme, alugar o DVD significa dar dinheiro para Dan Brown. Significa ajudar a financiá-lo em sua luta contra a Igreja. Então, reflita e decida.

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