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quarta-feira, 4 de abril de 2007

Eis o Cordeiro de Deus - Aquele que tira o pecado do mundo


Os judeus antigos tinham um costume que a nós parece estranho. Eles tinham o hábito de sacrificar a Deus uma parte do que possuíam de melhor. Se eram agricultores, sacrificavam, pelo fogo, uma parte da colheita. Se eram pastores, tiravam a vida do melhor animal e a dedicavam a Deus. Esse costume aparece na Bíblia várias vezes e está presente desde os tempos de Caim e Abel.

A vinda de Jesus dá um fim a esse costume, pois Jesus oferece o último dos sacrifícios, que vale para sempre: o sacrifício de Si mesmo. Cristo é o Cordeiro de Deus (Agnus Dei) não apenas por causa de sua mansidão, mas também porque ele é a vítima cujo sangue lava os pecados da humanidade.

Jesus é a vítima de nossos pecados. É a vítima da violência, a vítima da traição, a vítima daqueles que anseiam por um líder guerreiro e não pelo Príncipe da Paz, a vítima daqueles a quem falta caridade e sobra orgulho, a vítima daqueles que se apegam ao poder e à luxúria, a vítima de nossas fraquezas e iniqüidades. Enfim: não é apenas Pilatos ou Caifás, não são só os romanos ou os judeus que crucificam Jesus. Nós também fazemos parte. Nós participamos com nossas culpas, mas, na infinita misericórdia de Deus, somos chamados a participar também de sua ressurreição. Se ajudamos a crucificar Jesus com nossos pecados, nós também podemos usufruir daquilo que Ele nos oferece: a Vida Eterna.

Que grande mistério é esse de Deus fazer-se homem, nascer entre nós e aceitar sofrer as piores humilhações e as mais insuportáveis dores para que o ser humano, corrompido pelo pecado, pudesse novamente ser readmitido no Paraíso!

Naquela sexta-feira em que o próprio Deus foi morto e elevado sobre todos, pendurado numa cruz, as portas do Céu foram reabertas. Que sublime lição saber que o primeiro homem a passar por elas, levado pelas mãos do próprio Cristo, foi um reles ladrão crucificado! E como nos traz felicidade saber que, ao morrer e ressuscitar, o Filho de Deus matou a morte!

Precisamos aproveitar esta Semana Santa para relembrar os sofrimentos de Jesus Cristo. Não podemos esquecer que ele foi preso e açoitado cruelmente com 39 chicotadas, foi coroado com espinhos, humilhado sem dó e depois foi forçado a carregar a cruz, sendo pregado nela e morrendo lentamente asfixiado. Meditar sobre essas dores nos ajuda a entender a vastidão do amor de Deus e reconhecer nossa vil ingratidão. Mas não podemos pensar apenas na morte: precisamos celebrar a alegria da ressurreição, a alegria da Páscoa! Jesus sofre, mas ressuscita, retorna dos mortos e quebra os grilhões da morte.

A Páscoa marca essa vitória de Jesus, marca a abertura dos Portões do Reino de Deus. Se soubermos imitar Jesus, se soubermos amar a Deus e viver conforme Ele deseja, poderemos entrar em seu Palácio! Que alegria saber que Jesus, mesmo na cruz, perdoou os que Lhe faziam mal e assegurou ao Bom Ladrão a conquista da Vida Eterna!

Devemos ser gratos a Jesus e amá-Lo com todo o nosso coração. Assim poderemos segui-lo e estaremos junto dEle no Paraíso.

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Por amor

Eis que renovo todas as coisas


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