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sábado, 17 de novembro de 2007

Você também pode ser santo


Tem gente que fala, com certo orgulho, uma frase muito triste: “Eu não quero ser santo”. Quem fala uma coisa dessas provavelmente está pensando no seguinte: “santo é aquele que abandona os prazeres, vive de sacrifícios, aceita os sofrimentos. Isso é muito chato e eu quero é diversão”.

O mundo de hoje não gosta muito de Deus. Ridiculariza as pessoas que têm fé. Despreza a religião. Por isso, o mundo de hoje pinta o Céu como um lugar tedioso, com gente tocando harpa, e o inferno como um lugar onde as pessoas parecem estar alegres, dançando e se divertindo. Ora, isso não passa de uma armadilha: fazer o demônio parecer um cara legal, e seus domínios um lugar de prazeres. Nada mais errado! Prazer verdadeiro, alegria e felicidade completas, só existem no Paraíso, junto de Deus. E, no inferno, só há solidão e dor.

Ser santo significa buscar o Reino de Deus, significa lutar para estar junto dEle no Paraíso. E há muitos caminhos que levam ao Senhor. Há homens e mulheres santos que largam tudo e vão viver em oração, nos mosteiros e conventos. Há homens e mulheres santos que se dedicam a servir ao próximo, seja por meio do sacerdócio, seja por meio da caridade. Há homens e mulheres santos que vivem a santidade vivendo uma vida comum, cuidando de suas famílias, mas buscando fazer apenas o que agrada a Deus. Ora, ao longo de todos esses séculos, houve santos que, em vida, foram padres ou papas. Houve também alguns reis e rainhas. E houve donas de casa, operários, médicos, pensadores, pessoas humildes. Houve, inclusive, soldados como São Sebastião, Santo Expedito e São Jorge. Isso significa o seguinte: você também pode ser santo.

Santo é aquele que ama a Deus acima de tudo e demonstra isso com o amor ao próximo. Santo é aquele que procura ser virtuoso e tenta não pecar, mesmo que caia, mesmo que tenha dificuldades. Santo é aquele que pensa no bem do próximo antes de pensar em si mesmo. Santo é aquele que, aos poucos, vai aprendendo a resistir às tentações. Santo é aquele que busca agradar a Deus mais do que satisfazer suas próprias necessidades. Santo é aquele que vai deixando para lá bobagens como orgulho, apego excessivo aos bens materiais. É exercitando essas características que o homem santo e a mulher santa vão se fortalecendo e aprendendo a vencer a dor e o sofrimento. É assim que descobrem que prazer, de verdade, é aquele que nos aguarda no Paraíso e não as sensações passageiras que temos neste mundo.

Ora, é bem possível que você conheça pessoas assim. Pode haver santos ao seu redor neste momento. Você pode ser assim também. Você, na verdade, precisa ser assim.

Nós só temos nossa breve vida para escolher para onde queremos ir: para o Céu, onde estaremos juntos de Deus, ou para o Inferno – onde ficaríamos longe dEle para sempre. E para chegar ao Céu é necessário ser santo. Ou, pelo menos, se empenhar para ser. Aqueles que desistem, estão, na prática, comprando suas passagens para o Inferno.
Ou seja: santos não são apenas aqueles a quem rezamos por ajuda, que têm imagens nos altares e dias de festa. Certamente há muitos santos que não conhecemos ainda. Cada um de nós pode ser um deles.

Para isso, é preciso tomar uma decisão, fazer uma escolha. É a escolha de começar a seguir os passos de Jesus Cristo. De procurar viver como Ele viveu. Amar como Jesus amou. Sentir como Jesus sentia... Isso não é fácil, certamente. É um caminho difícil, mas um caminho cujo final é, na verdade, um começo: a Vida Eterna.

Nós podemos ser santos. Podemos aprender a compartilhar nosso tempo e nossos bens com quem precisa. Podemos aprender a ter compaixão. Podemos aprender a segurar nossos desejos – inclusive os sexuais – para satisfazê-los do jeito certo, na medida certa, na hora certa. Podemos aprender a superar o sofrimento. Podemos aprender a superar o medo e a fraqueza. Podemos aprender a viver as virtudes. O que precisamos combater em nós? Ora, o orgulho, a preguiça, a inveja, a avareza, a luxúria, a gula e a ira. São os chamados “Sete Pecados Capitais”. Por que “capitais”? Por que são os principais e qualquer um deles, sozinho, pode nos conduzir ao inferno. Mas ao lutar contra eles, nós desenvolvemos virtudes como a humildade, a caridade, a justiça, a prudência, a fortaleza, a esperança, a fé e a temperança. Se conseguirmos desenvolvê-las bem, pouco a pouco, estaremos nos santificando.

Para ser santo, no entanto, não basta querer. Precisamos contar com a graça de Deus. Por isso, precisamos pedir. Precisamos ter fé e orar constantemente para que Deus nos conduza, nos purifique, nos aceite entre seus eleitos. Precisamos pedir a Ele a força para lutar contra o pecado. E, aqueles que querem de verdade, Deus socorre.

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