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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Acolher a amizade de Deus

Autor: Nilson Silva - PJ

Um dia, um jovem conhecedor das Escrituras e que procurava praticar e viver a palavra de Deus, encontrou-se com Jesus e então conversaram. Naquele momento, Jesus o acolheu com profunda ternura e encheu-se de amor por ele. E pediu que ele largasse tudo que tinha e viesse segui-lo. Entretanto, o jovem pôs as suas posses e os seus compromissos acima do amor de Jesus, virou-se e foi embora cheio de tristeza. E Jesus também ficou profundamente triste por ele ter ido embora.

A tristeza do jovem foi por não ter coragem de deixar tudo, por não ser capaz de abrir mão de seus bens e seus compromissos para poder se entregar à amizade que Jesus lhe oferecia. A tristeza de Jesus foi por ver o amor que ele oferecia gratuitamente ao jovem não ser acolhido, ou seja, toda a amizade que o Senhor lhe oferecera fora rejeitada. E isto entristecia profundamente ao Senhor. Ora, Jesus amou todos os seus amigos, tanto que quis chamá-los de amigos e não de servos, e deu sua vida por eles. E neles, por todos nós que somos hoje a Igreja. Mas Jesus nunca forçou ninguém a aceitar a sua amizade nem nunca forçou ninguém a permanecer em sua companhia. Daí a sua tristeza quando viu o jovem indo embora, por que ele desejava que aquele jovem livremente aceitasse a sua amizade.

E ele não aceitou...

Deus é muito elegante e muito educado. Ele não entra à força em um coração que não se abre para recebê-lo livremente e com alegria. Deus não força ninguém a acolhê-lo e amá-lo porque acolher e amar a Deus deve ser uma atitude livre e espontânea de cada pessoa. O Senhor oferece a sua amizade a todas as pessoas, mas cabe a cada um aceitar e cultivar essa amizade. A amizade que o Senhor Jesus oferece é plena, absoluta e incondicional, mas nunca é imposta, porque deve ser simplesmente aceita. E quando a amizade do Senhor é aceita, o Senhor a torna única e exclusiva com cada um e, então, toda a bênção e toda a graça inunda a vida! Assim, Jesus tem a liberdade de permanecer no coração e, como ele mesmo disse, entrar e fazer a refeição junto com o dono da casa. E o dono da casa também tem a liberdade de entrar na casa do Senhor, fazer a refeição com ele e com ele permanecer eternamente. E, para todos aqueles que são amigos de Deus, a casa do Senhor, que é o próprio Céu, permanece sempre aberta e sempre acolhedora.

Enquanto aqui na terra não formos capazes de chorar entristecidos ao ver indo embora aqueles a quem amamos e não formos capazes de abrir livremente nosso coração àqueles que nos querem bem, jamais conseguiremos experimentar a amizade de Deus. Se não conseguirmos amar aqueles a quem vemos e com quem convivemos, como poderemos amar a Deus? Se não conseguirmos abrir nosso coração àqueles que caminham conosco na vida, como vamos abrir a porta de nosso coração para Deus?

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