Salvos pela Esperança
Baseado em texto da Agência Zenit
O Papa Bento XVI apresentou no fim de novembro a encíclica Spe Salvi (“Salvos na esperança”). O documento, de quase 80 páginas, é dirigido a todos os fiéis. Começa com uma passagem da Carta do apóstolo São Paulo aos Romanos, “é na esperança que fomos salvos” (8, 24), e destaca como “elemento distintivo dos cristãos o fato de eles terem um futuro”: sua vida “não acaba no vazio”.
A encíclica explica que Jesus não trouxe uma mensagem sócio-revolucionária, “não era um combatente por uma libertação política”. Trouxe “o encontro com o Deus vivo”, com uma esperança que era mais forte do que os sofrimentos e, por isso mesmo, transformava a partir de dentro a vida e o mundo. Cristo diz-nos quem é na realidade o homem e o que ele deve fazer para ser verdadeiramente homem. Ele indica ainda o caminho para além da morte; só quem tem a possibilidade de fazer isto é um verdadeiro mestre de vida.
Para o Papa está muito claro que a esperança não é algo, mas Alguém: não se fundamenta no que passa, mas em Deus, que se entrega para sempre. Neste sentido, acrescenta, a crise atual da fé é sobretudo uma crise da esperança cristã.
A encíclica mostra as desilusões vividas pela humanidade nos últimos tempos, como o marxismo, que esqueceu o homem e a sua liberdade. Pensava que, uma vez colocada em ordem a economia, tudo se arranjaria. O seu verdadeiro erro é o materialismo. A fé cega no progresso é outra das desilusões analisadas, assim com o mito segundo o qual o homem pode ser redimido pela ciência. A ciência pode contribuir muito para a humani-zação do mundo e dos povos. Mas, pode também pode destruir o homem e o mundo, se não for orientada por forças que se encontram fora dela. Não é a ciência a que redime o homem. O homem é redimido pelo amor.
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