Esta é a página virtual do Jornal Partilhando, o informativo da Paróquia de Santo Antônio - Santo Antônio do Monte, MG

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Jornal Partilhando nº 33 - Edição Especial de Natal

Esta é a Edição nº 33 do Jornal Partilhando, de Dezembro de 2007 - Especial de Natal. A versão impressa está sendo distribuída em Samonte a partir deste fim de semana.

Esperamos que você tenha um Natal muito feliz!

Índice

Veja o que você tem na edição deste mês do Jornal Partilhando:

- Palavra do Pastor
- Capa: Vamos nos preparar para o nascimento do Menino Deus
- Artigo: É o Natal que se aproxima
- Artigo: É tempo de Natal
- Artigo: A fé
- Partilhando Jovem: Alegria!
- História da Salvação: Rute - fé e lealdade
- Igreja no mundo: Salvos pela Esperança
- Conheça melhor: Padre Delair - Alegria e correção fraterna
- A Paróquia é Notícia

Vamos nos preparar para o nascimento do Menino Deus

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado da parte de Deus para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, o anjo lhe disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Ao ouvir as palavras, ela se perturbou e refletia no que poderia significar a saudação. Mas o anjo lhe falou: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai. Ele reinará na casa de Jacó pelos séculos e seu reinado não terá fim”.
Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, pois não conheço homem?” Em resposta o anjo lhe disse: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; é por isso que o menino santo que vai nascer será chamado Filho de Deus... porque para Deus nada é impossível”.

Disse então Maria: “Eis aqui a serva do Senhor. Aconteça comigo segundo tua palavra!”
É assim que São Lucas nos relata, no primeiro capítulo de seu Evangelho, esse momento sublime da nossa História. Naquele dia, quando a jovem noiva foi surpreendida pelo anjo a lhe dar a mais importante notícia de todos os tempos, sua resposta, o seu “sim!” abriu as portas da salvação para todos nós.

O Natal se aproxima e devemos nos preparar para receber o Menino Santo, o Filho de Deus, como Maria se preparou. Devemos ter a mesma coragem que ela e São José tiveram para abrir mão de seus projetos a fim de cumprir a missão que Deus lhes confiou, aceitando a grande responsabilidade de serem pais terrenos de Jesus, suportando bravamente as dificuldades. Precisamos ter a mesma fé, a mesma fortaleza, o mesmo desprendimento.

Maria foi escolhida para ser a mãe do Salvador. E ela foi convidada: poderia ter se recusado. Se isso tivesse acontecido, tudo seria diferente. Mas Maria colocou-se nas mãos de Deus, fez-se serva do Senhor e acolheu Jesus Cristo em seu seio. Do mesmo modo, São José poderia ter se recusado a ser o casto pai tereno de Cristo. Poderia ter se afastado, procurado outra mulher, outra vida. Mas não o fez. São José também colocou-se nas mão de Deus, fez renúncias e viveu como servo do Senhor. Nada lhe foi imposto, ele também foi convidado.

Assim como Maria e José, nós também somos convidados a aceitar Jesus, a nos fazermos servos de Deus. Mas que papel faremos nós? Papel semelhante ao de Maria e de José, acolhendo o Salvador? Ou papel semelhante aos dos moradores de Belém, que trancaram suas portas, fecharam suas estalagens? A escolha é nossa.

Talvez você se pergunte: o que, afinal de contas, significa aceitar Jesus, dizer a Ele o nosso “sim”? Significa mudar de vida, significa renascer com Ele. Significa deixar para trás medos, fraquezas e vícios. Você se importa demais com dinheiro? Aprenda a reparti-lo. Você só quer saber de si mesmo? Aprenda a amar. Você valoriza demais a aparência? Aprenda a relaxar. Você prefere gastar seu tempo com TV, jogos, bebida, internet? Aprenda a se dedicar a coisas úteis e cons-trutivas para o seu próximo. Você vive brigando com sua família? Busque a re-conciliação. Tudo isso é apenas um começo, pois a caminhada é longa, mas recom-pensadora. É sinuosa, mas guiada por Jesus Cristo em pessoa. É árdua, mas apoiada pelo próprio Deus.

O Natal se aproxima. é momento de aproveitar para procurarmos ser homens e mulheres melhores: mais amáveis, mais pres-tativos, mais castos, mais alegres, mais fiéis, mais leais, mais fortes, mais humildes, mais soli-dários.E, quando o Natal passar, continuarmos assim, progredindo, melhorando.

Vivamos este Natal com profunda alegria. Afinal, estamos comemorando o nascimento de uma criança bela e amorosa, que cresceu para se tornar o melhor ser humano de todos os tempos. E mais: estamos comemorando a chegada, em nosso meio, em carne e osso, do próprio Deus. É momento de muita festa, de muita comemoração, de muita alegria. É momento de perdão, de partilha, de união.

É com tais atos, é com tal disposição, que estaremos dizendo, então, como fez Maria: “Senhor, eis aqui o seu servo. Faça-se em mim segundo a sua vontade”.

É o Natal que se aproxima

Autor: Reinaldo C. Moscatto

Final do ano. Andando pelas ruas das cidades, percebemos que as casas começam a ser enfeitadas. O comércio apresenta suas fachadas luminosas, vitrines decoradas com muitas cores. Atrativos os mais diversos para o consumo. É o Natal do mundo materialista. Do velhinho de barbas.

É o Natal que se aproxima. Nós nos transformamos. Floresce o espírito de fraternidade, solidariedade, caridade e amor, como nunca. Festas de confraternização são organizadas. Trocam-se presentes. Doam-se cestas de alimentos. Famílias se reúnem. Ceias e almoços se realizam. É o Natal que se aproxima. E o aniversariante?! Sabemos de fato o que representa o Natal? Jesus! O Salvador. A verdadeira razão do Natal não tem vez.

É o Natal que se aproxima. Natal é todo dia e começa em nossos lares; no trabalho; no grupo de amigos; no clube que freqüentamos; é a vivência e a prática dos ensinamentos do Mestre. Se Jesus, “o aniversariante”, ocupasse em nossos corações o espaço que lhe é de direito, o mundo seria bem melhor. Não haveria tanta violência; crianças e pedintes pelas ruas; casamentos desfeitos; traições; guerras; tantas doenças provocadas pela prática desenfreada do sexo;os nossos políticos pensariam, com certeza, nos menos favorecidos; não haveria tantas injustiças sociais; o empresário não seria tão ganancioso; o empregado seria mais consciente de suas obrigações; não haveria tanto desemprego; não seríamos falsos cristãos que freqüentamos missas e cultos, mas não vivificamos os ensinamentos de Jesus.

É o Natal que se aproxima. Natal é partilhar o que somos e o que temos,
principalmente com aqueles que não são respeitados como gente. Natal é todo dia.
É saber perdoar, dialogar e esquecer as ofensas recebidas; é ouvir; deixar o egoísmo e descobrir que o mundo não existe apenas em volta de você; é reconhecer o erro e pedir desculpas; é respeitar a esposa(o); fazer do lar um lar verdadeiramente cristão;
é os cristãos se respeitando e deixando de lado suas diferenças doutrinárias para juntos anunciarem a boa nova que é Jesus Cristo. É saber fazer uso do dinheiro; o sexo por amor e não pelo desejo; é ter humildade e não fazer do poder o objetivo da própria existência.

Natal é todo dia. É pensar como Jesus pensou; é procurar fazer o que ele fez e amar como ele amou. O Natal que eu quero e desejo para você é o verdadeiro Natal cristão. O Natal que eu quero e desejo para você é um Natal diário, repleto de amor e paz, cheio da presença de Jesus Cristo. “Que a paz de Jesus esteja convosco!”.

É tempo de Natal


Autor: Waldevino J. de Araújo (SSVP)

E eis que se aproxima de novo o Natal! Começam a brilhar novamente as luzes. Luzes que, como aquela estrela de Belém, nos guiam e nos comunicam o amor de Deus, avisando e relembrando-nos de que é tempo de renovação, de conversão, de perdão, de amor, de fraternidade e caridade.

Tempo de pensar nos pobres de nossa cidade... naqueles distantes, que sofrem o ano inteiro, os menos favorecidos. Tempo de pensarmos nos enfermos, que na demora dos atendimentos são vítimas e acabam por não ser atendidos, pois esperam, esperam... Tempo de pensarmos em nossa juventude, tempo de pensar na qualidade da educação, do trabalho, em moradia. Tempo de pensarmos no Menino Jesus que não teve casa para nascer, preferindo o coração humano para ali fazer sua morada. Enfim, tempo de pensar na Família, Santuário da vida, família que precisa de apoio, incentivo. Que a exemplo da Família de Nazaré, também a nossa se constitua no amar e na fraternidade, na espiritualidade, alicerces básicos e fundamentais da família.

Que neste tempo possamos dizer: Vem Senhor Jesus!Venha ficar em nosso coração. Desejamos a todos um feliz e proveitoso Natal e um Ano Novo de sucesso.

A Fé


Autor: Nilson A. Silva - PJ

Jesus falou muitas vezes sobre a fé, mostrando a necessidade de se ter fé e as maravilhas que podemos experimentar através da fé. Tantas pessoas foram curadas de suas enfermidades, pelo Senhor, porque tudo que tinham era a fé. E tantas vezes ouviram dos lábios do Senhor apenas isto; “Tua fé te curou!”.

Mais adiante, o apóstolo afirma que “a fé é uma maneira de se possuir aquilo que ainda não se tem”. Ora, a fé é uma maneira de alcançarmos aquilo que buscamos e conseguirmos aquilo que precisamos, ainda que à nossa volta tudo nos prove que não encontraremos e nem conseguiremos. Se a realidade fria e impessoal afirma que não podemos, a fé nos prova que já temos tudo de que nós precisamos.

A fé destrói a frieza da realidade e toca no íntimo de nossa alma, consolando-a e mantendo-a viva. Somente a fé nos move em direção a Deus e nos leva a superar a dor da miséria humana. A fé é algo que leva à cura do corpo mas, antes disso, ela cura por inteiro a alma e o coração. A fé age de dentro para fora e, agindo assim, brota da presença do Espírito de Deus que habita em cada ser humano. Assim, a fé é um dom de Deus, mas também é uma escolha do homem. Somente Deus dá a fé, mas ela precisa ser aceita no mais profundo do coração, pois só aí ela o tocará e o conduzirá em direção ao Senhor.

Se a fé se torna pequena e frágil em nosso coração, corremos o risco de simplesmente afundar no meio do mar, como Pedro ao caminhar em direção ao Senhor sobre as águas. Mas, se a fé se torna tão imensa que transborda de dentro da alma, ela é capaz de conseguir o melhor e o mais valioso para cada pessoa. Lembremos da mulher enferma que tocou as vestes de Jesus e foi curada. Quanta fé ela teve e quanta coragem e determinação a sua fé lhe deu para que ela rompesse a multidão e alcançasse o Senhor!

Se nós tivéssemos fé um pouquinho maior que fosse, quantas dores em nosso corpo e em nossa alma poderíamos evitar, quantas feridas poderiam ser curadas em nossa vida! Quando temos fé que o Senhor é capaz de cuidar de nossa vida e de nos dar tudo que precisamos, nossa vida se torna mais leve e mais agradável. O cansaço se torna menos penoso e a dor fica branda, pois o nosso coração pode repousar tranqüilo enquanto a nossa alma se volta para a contemplação do amor misericordioso de Deus.

São felizes todas as pessoas que enfrentam a miséria do sofrimento humano e, no final, ainda são capazes de dizer vitoriosas: “Mantive a fé!” E são mais felizes ainda porque assim ouviram e praticaram a palavra do Senhor em suas vidas.

Alegria!

Abençoada seja a alegria! E bem-aventurados os homens e mulheres alegres! Por que motivo não haveríamos nós de ser alegres? Por que não vivemos sorrindo, cantando, dando pulos de contentamento? Ora, porque somos uns ingratos, uns tolos, frescalhões exigentes para quem nada nunca está bom o suficiente.

Mas se abrirmos os olhos, se entendermos direito as coisas, se deixarmos para lá os nossos vícios, ah, que felicidade! Não vamos conseguir nos conter de tanta alegria!
Nós complicamos demais a vida. Deixamos nosso espírito depender demais de coisas externas a Deus e a nós. Colocamos nossa felicidade naquele empregão que queremos, nos carrão novinho, no namorado ou na namorada, no vestibular e até naquele par de sapatos na vitrine. Enquanto isso, o que realmente importa está sendo deixado de lado. E o que é que realmente importa? Ora, é Deus! É nele que está toda a alegria, toda a felicidade, todo o contentamento, todo o prazer! O resto é bobagem.

São Francisco de Assis abandonou tudo. Saiu de casa literalmente “com uma mão na frente e outra atrás”, e foi um dos homens mais felizes e alegres que já existiu. Ria à toa, encantava-se o tempo todo com a beleza da natureza. Vivia cantando e fazendo poesias. E alguém ousaria dizer que ele estava errado? Que ele era um tolo? Ora, foi um homem profundamente simples e profundamente sábio. Por que não o imitamos?

Não precisamos de nada para ser alegres, pois já temos tudo: temos Deus. Basta que nos lembremos de que estamos vivos, de que Deus criou para nós esse mundo com cores exuberantes, com sons reconfortantes, com perfumes suaves, com sabores deliciosos. Que alegria maior pode haver do que a alegria de estar vivo, de saber que somos filhos de Deus? Não podemos deixar que coisas desagradáveis, mas passageiras, escureçam a luz da alegria. Não podemos ser moles, fracos, deixando qualquer dificuldade nos abater. Precisamos aprender a ter ânimo e força, fé e esperança. Mesmo quando os problemas são realmente difíceis, as dores realmente penosas, precisamos nos lembrar da bravura de Jesus na cruz, do amor de Deus por nós, do prazer infinito que nos aguarda após a morte.

Vamos aprender a sorrir mais, vamos parar de reclamar, de criticar. Vamos aproveitar mais os muitos bons momentos que vivemos. Que delícia o cheirinho de café quente de manhã, o toque suave da água numa garganta sedenta, as primeiras palavras de um bebê, o barulho da água de um riacho claro num céu limpo, a brisa refrescante numa noite estrelada, o latido amigo de um filhotinho de cão, a sensação da areia fria num pé descalço, o jeito bobão dos enamorados, o carinho do pai e da mãe, a jabuticaba comida no pé, o passeio na casa dos avós, as piadas dos amigos, o trabalho bem feito, a noite bem dormida, o beijo afetuoso, a saudade, a esperança. Temos tantas coisas boas! Vamos valorizá-las, vamos nos alegrar por elas.

A criança e o jovem sabem ser mais alegres. Para a criança, tudo é novidade: cada nova descoberta traz um enorme excitamento, e, em sua inocência, tudo é bom. O jovem é confiante: ele se sente mais forte que o mal, e está pronto para o combate, o bom combate, o tempo todo. Ora, nós - crianças, jovens, adultos, velhos - precisamos ter um pouco dessa inocência e um pouco dessa confiança. Temperadas com a prudência dos mais velhos, seremos acapazes de atingir a felicidade.

Precisamos também aprender a levar certas coisas menos a sério e ter um pouco mais de bom humor. Mas é preciso diferenciar a alegria - que é um sentimento puro e solidário - da hilariedade - que é apenas gostar de rir - e da irreverência - que é o não ter limites para o riso. A verdadeira alegria é respeitosa, gosta de ver todos alegres. Fazer gozações com os outros não é mal, desde que não haja nisso nenhuma humilhação, nem desejo de fazer mal. Se alguém sai triste ou irritado de uma brincadeira, quem a fez pode nada ter de alegre - e ser apenas perverso. E brincar com as coisas santas, tirando delas o que têm de divino, é blasfêmia, pecado grave.

O jovem tem que ser alegre mesmo. Tem que viver cantando alto, tem que viver gastando energia, tem que viver correndo, se impressionando, se dedicando. Precisa viver alegre - e alegrando os outros. Pois quem inventou a alegria foi Deus e ela é uma bela arma contra o mal.

A alegria nos faz rir de nós mesmos: assim, nos ajuda a ser humildes. Ela nos faz rir das dificuldades: assim, nos ajuda ser fortes. Ela nos faz rir do mal: assim, nos ajuda a ser corajosos. Ela nos faz também solidários, amigos, caridosos.

Proocuremos nossa alegria em Deus. Sim, é possível querer e, por isso, ser alegre. É uma questão de despertar em nós esse sentimento. E ele é contagiante. Atrai coisas boas, atrai pessoas boas, ao mesmo tempo em que afasta o que há de ruim... E quem não gosta de conviver com pessoas alegres?

Viva a alegria!

Rute: fé e lealdade


A história narrada no Livro de Rute, que foi escrito em Judá em meados do século V antes de Cristo, se passa no tempo dos Juízes, numa época em que uma grande fome assolou o país inteiro. Naquele tempo, um homem chamado Elimelec foi com Noemi, sua esposa, e seus dois filhos morar no país de Moab. Lá os filhos se casaram com moças moabitas, uma das quais chamada Rute. Passados alguns anos, Noemi ficou viúva e, algum tempo depois, seus filhos também morreram. Então, ela e Rute decidem retornar a Israel. Já em casa, começam a passar por necessidades, visto a pobreza em que ficaram. Então, Rute foi trabalhar recolhendo restolhos de trigo das colheitas nas terras de Booz, um parente de Noemi. Devido a um direito previsto nas leis da época, Booz se casou com Rute algum tempo depois. Do casamento, nasceu um menino chamado Obed, que foi o avô de Davi, antepassado de São José. Assim, Rute se tornou antepassada de Jesus, sendo que o Evangelho de Mateus menciona seu nome em sua genealogia.
A história de Rute é marcada pela coragem e pela caridade, pela luta e pela perseverança. Nem Rute e nem Noemi desanimam diante das fatalidades e dificuldades da vida. Ao contrário, lutam pela sobrevivência e pela busca de um futuro melhor, apesar de tudo. É marcante ainda a solidariedade e a caridade com que Booz a acolhe e deixa seu coração encher-se de compaixão por ela. Num ato gratuito de acolhimento, ele põe suas capacidades a serviço da luta pelos mais pobres e necessitados. Outro ponto importante é que Deus sempre age através dos mais humildes e pequeninos, manifestando neles e por eles a sua justiça e a sua misericórdia. Davi, que foi o grande rei de Israel, teve uma origem humilde. E Jesus, o maior de todos os reis, também escolheu nascer de uma família humilde.

Quando o Livro de Rute foi escrito, os israelitas haviam retornado do exílio na Babilônia e passavam por um tempo muito difícil, que exigia sérias reformas e o recomeço de tudo para poderem retomar a sua vida normal. Assim, a história de Rute servia como um ponto de apoio e um exemplo que podiam seguir em suas vidas. Este livro, que tem apenas quatro capítulos, está entre o Livro dos Juízes e o Primeiro Livro de Samuel. Vale a pena ler e meditar esta pequena e tão bela história!

Salvos pela Esperança

Baseado em texto da Agência Zenit


O Papa Bento XVI apresentou no fim de novembro a encíclica Spe Salvi (“Salvos na esperança”). O documento, de quase 80 páginas, é dirigido a todos os fiéis. Começa com uma passagem da Carta do apóstolo São Paulo aos Romanos, “é na esperança que fomos salvos” (8, 24), e destaca como “elemento distintivo dos cristãos o fato de eles terem um futuro”: sua vida “não acaba no vazio”.

A encíclica explica que Jesus não trouxe uma mensagem sócio-revolucionária, “não era um combatente por uma libertação política”. Trouxe “o encontro com o Deus vivo”, com uma esperança que era mais forte do que os sofrimentos e, por isso mesmo, transformava a partir de dentro a vida e o mundo. Cristo diz-nos quem é na realidade o homem e o que ele deve fazer para ser verdadeiramente homem. Ele indica ainda o caminho para além da morte; só quem tem a possibilidade de fazer isto é um verdadeiro mestre de vida.

Para o Papa está muito claro que a esperança não é algo, mas Alguém: não se fundamenta no que passa, mas em Deus, que se entrega para sempre. Neste sentido, acrescenta, a crise atual da fé é sobretudo uma crise da esperança cristã.

A encíclica mostra as desilusões vividas pela humanidade nos últimos tempos, como o marxismo, que esqueceu o homem e a sua liberdade. Pensava que, uma vez colocada em ordem a economia, tudo se arranjaria. O seu verdadeiro erro é o materialismo. A fé cega no progresso é outra das desilusões analisadas, assim com o mito segundo o qual o homem pode ser redimido pela ciência. A ciência pode contribuir muito para a humani-zação do mundo e dos povos. Mas, pode também pode destruir o homem e o mundo, se não for orientada por forças que se encontram fora dela. Não é a ciência a que redime o homem. O homem é redimido pelo amor.

Padre Delair: Alegria e correção fraterna

Padre Delair Cuerva esteve em Samonte em novembro comandando, com sua habitual alegria, mais um retiro. Ele tem 43 anos de idade e 18 anos de sacerdócio. Foi ordenado para ser capelão da Força Aérea Brasileira, e hoje, liberado pelo Bispo Dom Irineu Danelon, da Diocese de Lins (SP), trabalha com comunicação na TV Século XXI, Rádio América, na Canção Nova e também pregando retiros.

Sua missão é evangelizar. Então ele vai Brasil afora, onde Deus sinaliza através dos convites que recebe para falar de Deus. “Não só desse Deus-Amor, mas também de um Deus-Bom Humor. Como diz o meu Bispo, é isto que faz a gente acreditar no Deus da alegria”, diz Padre Delair.

O Lema de seu sacerdócio é “Tudo por Jesus, nada sem Maria”. Padre Delair deseja que as pessoas sejam abraçadas e amadas através desta expressão: “Um beijo de Deus pelos lábios da Mãe em seu coração”, com o objetivo de levar Jesus e Maria a qualquer coração cansado, para que Eles possam reanimá-lo.

Padre Delair é muito alegre, tem um bom humor. Diz: “Tenho falado sempre que sou o padre mais alegre do mundo. Procuro passar para as pessoas uma mensagem de alegria, entusiasmo, benção. Tento puxar a orelha de forma alegre porque somos um povo acomodado. Levo a oração colocando os fiéis em sintonia com Deus de uma forma muito humana, um Deus muito presente, muito ‘gente’, não aquele Deus distante, alienado, mas um Deus que está ali com o povo e que caminha com o povo, que ajuda o povo a vencer qualquer obstáculo.”

É um sacerdote que se mostra obediente e apaixonado por Deus e se entrega completamente a Ele na Celebração, de maneira tal que na Consagração ele vive e age na Pessoa de Cristo; então, no Altar, ele ali se coloca ”In Persona Christi”, falando e agindo como Cristo. Todos os sacerdotes são convidados a realizar esse momento de extrema presença de Cristo, Senhor e Salvador. Esse momento Padre Delair vivencia rezando e obedecendo a Jesus por amor, fidelidade e seriedade. Como disse São João Maria Vianey: “Sou o Embaixador de Cristo na terra”, uma frase que o acompanha sempre.

Padre Delair também diz gostar do povo de Samonte. “Desde a primeira vez, me apaixonei pelo povo que me acolheu. Agradeço ao Pároco Monsenhor Olavo, que me permitiu entrar em sua Paróquia para pregar o retiro desde 2005. Pregar para vocês é uma alegria, porque vejo no povo de Santo Antônio do Monte esta alegria. Não é aquele mineiro trancado, tradicionalista. Santo Antônio rompeu bastante essa barreira e vocês romperam essa imagem. Vejo em vocês um povo alegre, espontâneo, livre, como eu.”

Quem ama corrige

“Padre quer dizer Pai. Pai da Família-Igreja, Pai da comunidade, que esta orientando, corrigindo e deve ser o grande entusiasta da comunidade, o grande incentivador. E os coordenadores de Pastorais e movimentos são a continuidade dos padres que vão incentivando o povo. O povo tem que aprender que correção é feita para quem a gente ama. Quem a gente não ama a gente não corrige. A pessoa não deve ser melindrosa, deve parar com esta história de reclamar, fechar o coração e não aceitar a correção. A correção é positiva em todos os aspectos, nos faz crescer”, afirma.

Uma mensagem de Pe. Delair

“ Viva a vida a cada minuto a cada segundo, sem medo de ser feliz. Tem um Deus lá em cima que gosta de você, que ama você, que é doido de amor por você. Não pare no caminho, prepara-se sempre para se encontrar com o Deus do Bom-humor. Confiança! Amor! Esperança!A gente não se despede, mas se encontra na Eucaristia. Lembrem-se de orar por mim, pois lembrarei de vocês! Oração! Alegria! Somos servos do Deus do Bom-Humor! Paz e bem!A Cristo, por Maria!”
Padre Delair tem programas nos meios de comunicação:
- Rádio Tropical AM 790 Lagoa da Prata. de 2ª a sábado de 20:00 ás 23:00.
- TV Século 21, uma vez por mês- Programa Madrugada de Bênção- neste mês de dezembro na noite de 13 para 14.
- Internet- www.asfa.com.br

A Paróquia é Notícia

Mais um servo na vinha do Senhor

No dia 15 de Dezembro o diácono Marcelo Adriano Ribeiro torna-se mais um servo na vinha do Senhor. Ele será ordenado sacerdote no Poliesportivo do bairro São José, às 10h, pelo bispo Dom Antônio Carlos Félix.

Marcelo é filho de José Ribeiro e de Helena Maria e tem um irmão: Marcos Adélio. Ele nasceu na cidade de Santo Antônio do Monte e tem 27 anos. Foi ordenado diácono em julho deste ano e agora se prepara para tornar-se padre. Ele celebrará sua primeira missa no domingo, dia 16, na Igreja Matriz, às 19h. Marcelo Ribeiro será vigário na Paróquia de São Carlos Borromeu, em Lagoa da Prata. Que Deus o acompanhe nessa árdua, mas bela caminhada!

Coroinhas de São Tarcísio

O movimento de coroinhas existe em nossa Paróquia há dois anos e meio. Já passaram por aqui muitas crianças e hoje são 21 coroinhas atuantes entre meninos e meninas. São crianças normais que brincam e são muito felizes no trabalho que fazem. Temos reuniões quinzenais e Adoração ao Santíssimo Sacramento toda quinta-feira as 18h30 na Igreja Matriz. É um trabalho que exige muito amor e dedicação, mas é muito gratificante também, pois vemos no rosto dos nossos coroinhas muita alegria por estar ajudando nas celebrações e assim doando um pouco do seu tempo a serviço de Deus e da Igreja. Se você, menino ou menina tem o desejo de ser coroinha, será uma alegria contar com você. É só procurar a coordenadora Ivana na Av. Governador Magalhães Pinto 33.

Assembléia Paroquial 2007

Com a presença de Mons. Olavo, Padre Adelson, seminarista Tiago e coordenadores de comunidades, pastorais, movimentos e grupos aconteceu mais uma Assembléia Paroquial no dia 15 de novembro de 2007.

A assembléia começou com um momento foi de espiritualidade e silêncio aos pés da cruz de Jesus Cristo, com a adoração ao Santíssimo Sacramento e com a benção do nosso pároco. À tarde, foi a hora de avaliar nossa caminhada de pastoral, os avanços e metas para 2008.

Com certeza 2008 será fecundo e próspero, pois o documento de Aparecida convida “a Igreja a uma verdadeira conversão pastoral, isto é, a uma reviravolta na sua forma de atuar. Essa reviravolta terá como eixo motivador a missão dada por Jesus. A Igreja deve estar sempre em estado de missão. As paróquias devem se organizar para atingir a todos: pessoas, famílias, crianças, jovens, adultos, anciãos e sociedade. Uma presença caracterizada pelo testemunho e pelo anúncio, uma presença que toque as pessoas no coração e desperte nelas o desejo do encontro com o Senhor.”

Em 2008 continuaremos a viver o mandamentto de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.
Encontro de Casais com Cristo

Entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro aconteceu em Samonte mais um Encontro de Casais com Cristo. Com este encontro, as famílias de nossa Paróquia estão ganhando força e ânimo para servir a Deus na construção do Reino de Deus aqui na Terra.

O Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Procura construir o Reino de Deus, aqui e agora, a partir da família, da comunidade paroquial, mostrando pistas para que os casais se reencontrem com eles mesmos, com os filhos, com a comunidade e, principalmente, com Cristo. Para isto, busca compreender o que é “ser Igreja hoje” e seu compromisso com a dignidade da pessoa humana e com a Justiça Social. O ECC nasceu da inquietude de Pe. Alfonso Pastore, que dedicou sua vida sacerdotal à Pastoral Familiar, à Pastoral da Saúde e à Pastoral Carcerária.

A evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em que todos os fiéis devem cooperar segundo as próprias condições e vocação. Deve partir do conceito exato de matrimônio e de família, à luz da revelação, segundo o Magistério da Igreja.

A Oficina de Oração em minha vida

Oficina de Oração,
lugar onde aprendi canção.
E amar a DEUS de todo o meu coração!

Aprendi também a dar o perdão,
impor a convicção de fé,
espontaneamente, com toda emoção!

Oficina de Oração,
sem querer transformou minha vida,
em uma grande mansidão.

Onde todos e tudo foi uma grande
confraternização, só se via
alegria... nada era ilusão.

Agora, só resta agradecer a Deus
por esta grande experiência de bênção
que me foi proporcionada na Oficina de Oração.

(Joseane de Melo Couto - Samonte - 16/11/07)

Aos oficinistas que caminharam conosco em busca da Face Bendita do Senhor, o nosso abraço em Cristo-Jesus. Um Feliz e Santo Natal aos fiéis de nossa Comunidade.
Lígia, Luzia, Conceição e Darci Equipe de Samonte

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