Miguel Martini: fazer política é dever do cristão
Miguel Martini é deputado federal desde o começo do ano. Antes, havia exercido durante três mandatos o cargo de deputado estadual. No último fim de semana de maio ele esteve em Samonte para fazer uma pregação durante a Festa de Pentecostes. Na ocasião, ele concedeu ao Jornal Partilhando uma entrevista exclusiva.
Atualmente estão tramitando no Congresso Nacional, em Brasília, vários projetos de lei que são contrários à moral e à doutrina cristãs. Dentre eles, um dos mais radicais é o que trata da legalização do aborto no Brasil, proposta esta defendida pelo governo federal na pessoa do ministro da saúde (José Gomes Temporão).
Quanto a estes projetos pró-aborto, o deputado federal Miguel Martini posiciona-se “radicalmente contrário”, destacando que é membro da Frente Parlamentar de Defesa da Vida. Essa frente, que reúne parlamentares católicos, evangélicos e seguidores da doutrina cardecista, tem atuado no Congresso, de acordo com o deputado, de “forma aguerrida contra os projetos abortistas”, realizando manifestações em defesa da vida e está buscando a cassação da portaria 158, a qual já permite o aborto em situações específicas.
Segundo Martini, existem hoje 17 projetos abortistas tramitando no Congresso e, em suas palavras, “assim como eram Portugal e México, o Brasil é amplamente contrário, conforme tem indicado as pesquisas, mas é preciso que os parlamentares cristãos lutem contra tais projetos, pois os abortistas vêm com sofismas e imagens chocantes.” Citou como exemplo quando em Portugal os abortistas usaram da imagem de uma mulher presa por cometer aborto na qual indagavam se era justo ela estar passando por aquela situação.
Em sua opinião, há espaço para os ensinamentos cristãos serem aplicados na política que deve estar neles fundamentada. Para Martini, chega a ser dever do cristão fazer política para combater aqueles que a fazem seguindo e aplicando instrumentos não cristãos.
Miguel Martini disse ainda que “hoje em dia existe uma estratégia de transferência do estado brasileiro para um estado laico. Como muitos cristãos preferem não se envolver nesta questão, acaba se tornando fácil para o governo ir se tornando cada vez mais laico, mais distante dos ensinamentos da Igreja.
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