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quarta-feira, 11 de julho de 2007

O Povo de Deus

A Igreja Católica nasceu no dia de Pentecostes, cinqüenta dias depois da ressurreição de Jesus. Foi nesse dia que o Espírito Santo veio sobre os apóstolos reunidos com Maria. Eles pregavam a palavra de Jesus e conseguiam muitas conversões. Primeiro, apenas os judeus se convertiam, mas depois, povos de todo o mundo começaram a se converter. Todos compreendiam que a salvação não era destinada apenas a um grupo de pessoas: todos os homens e todas as mulheres são chamados a ela, independentemente do lugar, da época, da língua, da cultura e da posição social.

Foi o próprio Jesus Cristo quem instituiu a Igreja para continuar a redenção e reconciliação dos homens até o fim do mundo. Ele deu a seus Apóstolos poderes para pregar o Evangelho, santificar aos homens e encaminhá-los em ordem rumo salvação eterna. E dentre os apóstolos, Jesus escolheu um, Pedro, para liderá-los e o fez chefe de sua Igreja.

Por isso a Igreja Católica é a única verdadeira fundada por Jesus Cristo sobre São Pedro e os Apóstolos; e todos os homens estamos chamados a ser Povo de Deus guiado pelo Papa, que é o sucessor de São Pedro e Vigário e Cristo na terra.

A Igreja Católica é também o Corpo Místico de Cristo, porque, como em um corpo humano, Cristo é a Cabeça, nós, batizados, somos os membros deste corpo e o Espírito Santo é a alma que nos une com sua graça e nos santifica. Por isto a Igreja é também Templo do Espírito Santo.

Sendo Corpo Místico de Cristo, a Igreja não é apenas uma instituição terrena. Ela é muito mais que isso. E sendo guiada pelo próprio Espírito Santo, a Igreja não erra, não peca. Infelizmente, entretanto, nós seres humanos que também fazemos parte da Igreja, somos falíveis e nós podemos errar. Mas é preciso ter em mente que nenhum dos nossos erros é culpa de Jesus, nem dos Espírito Santo – e, portanto, não são erros da Igreja.

Para cumprir sua missão de salvação, a Igreja conta com os sucessores dos apóstolos, que são os bispos, e com os sacerdotes. Mas também todos nós somos chamados a participar dessa obra: todos devemos ser soldados de Cristo na luta pelo bem e contra o mal.

E não nos enganemos: só podemos chegar, com segurança, à salvação, por meio da Igreja. Fora dela o que há é dispersão, é confusão, é dúvida, é erro. Por isso, é fundamental seguir os mandamentos de Deus, seguir os mandamentos da Igreja e obedecer ao Papa – homem escolhido pelo próprio Espírito Santo para nos guiar a todos. Aqueles que pretendem chegar sozinhos à salvação podem até conseguir, mas os riscos em seu caminho serão muito maiores, pois há muitos lobos de olho nas ovelhas desgarradas.

Mas aqueles que não estão em comunhão com a Igreja não são inimigos. Longe disso. São nossos irmãos, são essas ovelhas desgarradas que, mais do que as outras, precisam da atenção de nosso pastores, que precisam conduzi-las com afeto de volta ao rebanho.

No Antigo Testamento, o Povo de Deus, o povo por Ele escolhido para levar a todo o mundo a salvação, é chamado de “Israel”. Esse povo são os descendentes de Abraão, de Isaac e de Jacó, o homem que lutou com o anjo e passou a ser chamar, depois disso, Israel.

Há milhares de anos, quando ordenou a Abraão que deixasse sua terra e se encaminhasse para Canaã, Deus começou a construir um caminho de salvação para a humanidade. O Senhor prometeu a Abraão conceder-lhe uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu e lhe pediu, como sinal de fidelidade, a vida de seu próprio filho, Isaac. Abraão nada recusou a Deus, mas o Senhor poupou Isaac, renovando com ele a promessa que havia feito a Abraão. Promessa semelhante foi feita a Jacó, que recebeu uma bênção especial e passou a se chamar Israel. Todos os seus descendentes – ou seja, todo o povo hebreu – ganhou o nome de Israel.

Muitos anos depois, Deus enviou seu próprio Filho, Jesus, a esse povo, para que se convertessem, para que seu plano de salvação pudesse, enfim, se concretizar. A partir daí, a mensagem de Deus passou a ser pregada a todos os povos da Terra, pois não era destinada apenas a um país. A partir da vinda de Jesus, todos aqueles que se convertiam passaram a ser admitidos na grande família de Israel. Enfim: hoje, Israel, o povo de Deus, é a Igreja.

“Também sou teu povo, Senhor, e estou nesta estrada”.

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